quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Aquele último abraço

Fazer ou concordar com algo que vai contra sua vontade. Isso, firmemente, não é bom. Você sente aquele aperto no peito, aquela angústia, porque na verdade a última coisa que você queria era que aquilo não passasse de um sonho. Os sonhos a gente pode deixar ali dentro de nossos travesseiros, ainda mais quando eles não são bons.
Essa chuva batendo na janela traz grandes recordações. Ela me faz lembrar daquele dia, que jamais esqueceremos, daquele dia que um teve que concordar com o outro sem ter vontade, da nossa despedida, do nosso adeus. A principio parecia muito triste, porque aquele turbilhão de coisas passavam-se todos na minha mente e eu não via razão para aquilo ter chegado aonde chegou. Mas, a realidade era aquela. E, naquele exato momento, não iríamos conseguir reverter aquele quadro. Posso dizer que me senti de mãos atadas, mas de certa forma, livre em alguns sentidos. Aquele foi o nosso último encontro, aquele foi o nosso último abraço. A noite caiu, o dia chegou e, inocentemente, achei que aquilo passaria que conseguiríamos reverter aquele quadro. Mas não. Não mesmo.


- Fernanda Mendes

Nenhum comentário:

Postar um comentário