domingo, 8 de julho de 2012


Aquela palavra certa no momento certo

“E porque ela falava como gente grande, com a doçura de uma menina, eu acreditava que ela era diferente. Ouvia Legião como quem ouve anjos, vivia tempos perdidos, pelo menos para a maioria das pessoas, mas não para ela. Escrevia tão certinho que dava pena de falar qualquer besteira, mas se, porventura, falasse, era doce até para corrigir. Brincava de ser fã, mas tinha tantos motivos dentro dela para brilhar e se soubesse, faria suas próprias poesias. Mas não tinha necessidade disso. Vivia poesias, era poeta das ações. E por que usar o passado? Porque hoje ela é mais. Constantes mudanças levam sua vida a ser uma linda história de contar, e cantar. É o Camarada d’água do Teatro e o sossego para qual Camelo procurava uma definição. Leitora da vida, sem procurar fins, faz de tudo um grande recomeço, e como começa bonito. Não liga de emprestar um pedaço da paz que guarda dentro da caixinha de joias que é seu coração. Não liga de se importar, mesmo que as pessoas já não se importem mais. É diferente porque luta por causas, não somente as ama; é diferente mesmo que seu nome seja parecido com tantos outros. É única entre tantas outras Fernandas, porque dentre tantas qualidades uma salta aos olhos: é amiga, e há de defender essa qualidade com toda a força, disso eu tenho certeza.” 


[Doces palavras de alguém que acredita em mim]